segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

autobiografia

Eu tenho vários espelhos, os que me espelham sem eu saber, os que me espelham obrigatoriamente e a minha alma. Todos me influenciam desde o meu primeiro respirar mesmo que ainda de olhos fechados.
Cada ser humano que me observa ou simplesmente passa por mim faz-me pensar na forma como funciona, na forma como vê e sobretudo na forma como sente, sendo que cada um deles, desconhecido, faz parte da minha reflexão sobre a vida que tanto amo.
Os que me espelham obrigatoriamente são os seres humanos que fazem, lutam, sofrem por mim e que estão sempre comigo, longe ou perto, até porque se estão comigo é porque algo devem encontrar nesse espelho de mim. Não quer dizer que concordem com tudo, não quer dizer que eu seja a única forma de ver o mundo, ou seja, esses observam-me, apoiam-me, chamam-me à atenção, têm muitos sentimentos e gostam de mim porque sou alguém que lhes faz o mesmo e que nunca os deixaria; são poucos e têm todo o meu amor.
Agora, olhando para a minha alma vejo o mundo todo, desde o medo à coragem, desde a lágrima ao sorriso, desde o bem e do mal, desde o calor ao frio, desde o desconhecido ao conhecido, enfim... desde mim a todos os outros ou vice-versa, pois a ordem das coisas não é algo que me identifique mas sim o sentido que têm. Os sentimentos são a minha alma, sou um ser humano que vê o mundo e que guarda na alma o bom e o mal do mesmo, mas que só marco no coração automaticamente aquilo que realmente é verdadeiro, não vendo as coisas de todo, superficialmente.
Os meus olhos brilham facilmente, são o espelho de mim. Esse brilho limpa-me a alma e enche-me o coração.

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