A tua cedência à ilusão está a dar cabo de ti.
Isto é aquilo que vejo, esteja errado ou não, eu já o senti.
Quero desde já desfazer a ideia de interesse, salientando o gosto por perceber a realidade e, uma vez que a tua falta de verdade sempre me inquietou; sim, é necessário dizer isto, porque a tua confusão emocional tem gosto em deturpar. E já agora, eu escrevo para todos e tudo, de mim e de qualquer coisa. Quando se lida com seres que são pouco “terra-a-terra” é melhor atender ao esclarecimento. A ilusão não é boa, de todo, não te preenche e se consideras que o faz, repara no vazio que isso te causa quando pára, porque a ilusão não fica, como os sentimentos que tentas que ela seja. A ilusão pode ser enorme e ter muitas componentes mas não consegue alcançar a realidade dos sentimentos, ou de um sentimento só.
Outra coisa, é que algumas pessoas têm tendência a serem apressadas e a quererem tudo de uma vez, acho que quase todos já passamos por isso, mas se calhar por coisas reais, os sentimentos, sobretudo os ditos “fortes” têm essa capacidade, mas no teu caso, não será insegurança ou outra fragilidade? Podemos ser frágeis ou estar frágeis, nenhum ser humano tem a capacidade de fazer tudo como deve de ser (o que quer que isso seja) mas insistir na fragilidade, acho que é falta de “fibra” ou perda de controlo da própria existência.


Lembra-te que a minha consciência está tranquila e agora ainda mais tranquila ficou. Sendo que não sei se algum dia falámos a mesma língua, daí o desgaste ter sido tanto.
Só te desejo o melhor e já agora não sou nada apologista de ilusões, obrigada, mas dispenso!